EA condena venda de jogos usados em lojas físicas

A produtora estadunidense Electronic Arts, atual segunda maior companhia de distribuição de jogos do planeta, está planejando meios alternativos de negócios para amenizar a venda e revenda de jogos nas lojas físicas.

Isso porque, quando um jogo usado é vendido ou revendido em lojas especializadas, elas faturam sempre. Algo que não acontece com as produtoras e as distribuidoras e as produtoras, que só recebem o dinheiro repassado apenas na primeira transação.

Alternativas primárias

Para tentar amenizar o estrago e por saber que é inútil tentar parar as lojas de venderem artigos usados, a EA tenta inovar e pretende abranger maior audiência de consumidores com conteúdos e serviços on-line.

“Para nós, a venda de videogames de segunda mão é uma situação muito crítica, porque as pessoas estão vendendo múltiplas vezes uma propriedade intelectual”, disse Jens Uwe Intat, vice-presidente sênior e gerente geral de publicação da EA para a Europa.

“O que estamos tentando fazer é construir modelos de negócios com cada vez mais suporte on-line, incluindo serviços adicionais e conteúdos extras. As pessoas, então, verão o valor não apenas em se ter o disco físico para se jogar em casa, mas também o de pagar por esses jogos on-line e jogá-los”.

Intat ainda salienta que, os jogos eletrônicos, por serem informações digitais, por não desgastarem e por não rasgarem, não se tornam produtos inferiores quando são passados de consumidor para consumidor.

“Isso não se compara às vendas de segunda mão na área de artigos físicos normais em que você tem carros usados desgastados, roupas usadas, livros usados. Eles estão todos fisicamente desgastados, então você detém produtos de qualidade inferior. Mas produtos digitais não se tornam na verdade inferior em qualidade, então é um grande desafio (prejuízo) para nós quando as pessoas os passam adiante”.

Confronto amenizado

Embora o volume do problema seja evidente, a EA não planeja nenhum ataque frontal às revendedoras. Na verdade, Inat chega a sugerir que as lojas mesmo devem se perguntar se elas não estão prejudicando seu próprio nicho de mercado ao estocar e revender os produtos de segunda mão.

“É também uma discussão muito interessante na verdade perguntar: quanta canibalização você realmente tem com as vendas de usados? É um assunto tão complexo que não vamos ser excessivamente confrontadores. Vamos é resolver isso ampliando, melhorando, tornando mais interessante nossas ofertas on-line. E isso deverá resolver de verdade o dilema atual por inteiro”, finaliza o vice-presidente senior.

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