Ao contrário do que muitos pais acreditam, uma pesquisa realizada pelo instituto Rew nos Estados Unidos concluiu que os videogames ajudam a melhorar a vida social dos adolescentes em vez de transformá-los em solitários indivíduos anti-sociais.
Para compôr a pesquisa, foram entrevistados 1,1 mil adolescentes com idades entre 12 e 17 anos nos Estados Unidos. O resultado revela que 99% dos meninos e 94% das meninas de todas as camadas sociais jogam algum tipo de jogo de computador ou videogame e nem por isso se excluem socialmente.
A maioria deles, cerca de 75% joga costumeiramente com outros amigos, na mesma sala de casa, ambientes propícios para a prática ou até mesmo em ambientes virtuais.
O levantamento ainda sugere ainda que, embora se pense o oposto, a freqüência com que os adolescentes jogam não afeta sua vida social. “Quem joga diariamente são tão propensas a falar ao telefone, enviar e-mails e passar tempo pessoalmente com os amigos depois da escola quanto aquelas que jogam com menos freqüência”, relatou Amanda Lenhart, autora do documento final.
Escolhendo temáticas
A pesquisa ainda analisou que tipo de conteúdo os adolescentes preferem lidar enquanto jogam. Entre os games mais populares, os escolhidos foram “Guitar Hero” (musical), “Halo 3” (tiro em primeira pessoa), “Madden NFL” (esportivo), “Solitaire” (simulador de cartas) e “Dance Dance Revolution” (dança).
Segundo Amanda, a maioria dos adolescentes entrevistados disse jogar muitos títulos. “No conteúdo, os jogos variam. Alguns são de solucionar enigmas, outros de sair e atirar em diferentes alvos, dirigir, correr ou praticar algum esporte”, comenta.
Representação social
Amanda ainda ressalta que é um erro pensar que os jogos pelo computador ou os videogames são distantes da vida real. 52% dos adolescentes jogam videogames que envolvem algum tipo de questão moral ou ética.
43% jogam aqueles em que se deve tomar decisões de como uma comunidade ou um país deve ser governado. Outros 40% jogam games através dos quais aprenderam alguma questão social.
Entre os títulos citados como educativos encontram-se “Food Force“, “Darfur is Dying“, além do popular “Civilization“.
Tempo útil
Por fim, o relatório indica que o tempo que os adolescentes gastam para jogar não prejudica o envolvimento dos adolescentes em atividades comunitárias. Mais que isso: os que jogam acompanhados de outros amigos são mais propensos a se envolver com as suas comunidades.
Segundo Amanda, estudos anteriores já haviam sugerido que exercícios similares influenciam diretamente a interação social e o envolvimento com a comunidade.